quarta-feira, 13 de julho de 2011

"CALE-SE"

Caro aluno,

1 - Veja esta letra do Chico Buarque, escrita em parceria com Gilberto Gil. (Ela é intrepretada com Milton Nascimento).
2 - Em sua opinião qual o tema central desta música?
3 -  O que os autores pretenderam ao usar expressões como "Cálice" e "Cale-se"?
4 - Em que época da história do Brasil ela foi criada?
5 - Em sua opinião a letra desta música pode ser adequada para um período como o de hoje em que a democracia está consolidada?
6 - Em nosso regime democrático pode acontecer atos ditatoriais? Dê um exemplos e explique sua opinião.

Cálice

Chico Buarque

Composição: Chico Buarque e Gilberto Gil
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda (Cálice!)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)

Um comentário:

  1. Para enviar comentários por e-mail postem: amo.sofhia@gmail.com

    Para os alunos que estão enviando suas contribuições em breve dou um retorno, com os comentários de acordo com os fundamentos da Filosofia Política.

    Um grande abraço
    Frederico Drummond - professor de filosofia

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