quarta-feira, 28 de março de 2012

FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS: EM BUSCA DAS LEIS DA NATUREZA

Pergunta:
Qual a principal diferença entre a explicação mitológica e a explicação  racional da natureza?
Resposta:
a) Pela mitologia ou alegorias explicamos o universo de acordo com nossa imaginação. O mito pode dar explicações mágicas e contraditórias, possuindo elementos fantasiosos ou religiosos. A vontade dos deuses explicam os acontecimentos da natureza.
B) Pela razão buscamos as Leis da Natureza, que são permanentes, necessárias e previsíveis.

Os filósofos pré-socráticos buscaram superar o mito com as explicações racionais. Par eles o universo possuí leis, que podem ser percebidas pela razão, devendo existir uma essência (physis ou arché), permanente, imutável e imortal que justificam a existência das leis da natureza (também permanentes). A ebulição da água aquecida, a queda de um objeto, as estações do ano, o movimento das marés: todos estes fatos se repetem, segundo leis da natureza e podem ser conhecidos pela observação (sentidos) e pela razão. 

Tomemos como exemplo a Origem do Universo:

A)    Um mito pode explicar o surgimento do universo como uma criação divina, em que tudo (as estrelas, os planetas, o céu, os mares, os seres humanos) foi construído em um instante, resultando da vontade de Deus. Ou como relata o “Gênese” – de acordo com os relatos bíblicos  hebraicos – tudo foi feito por Deus, em sete dias.

B)     As pesquisas, tendo com base a razão, nos mostram que o universo surgiu em um processo de evolução ocorrido durantes bilhões e bilhões de anos. E que este processo de evolução pode ser compreendido e explicado pela nossa razão. Existem lei naturais que permitem explicar a origem do universo e prevê a evolução do seu futuro.

Responsabilidade do Texto: Frederico Drummond - professor de filosofia

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sócrates: resumo comentado. Para registro em nossos cadernos.

Um dos importantes legados do filósofo Sócrates foi sua técnica dos Diálogos. Por isto Sócrates perguntava muito.
A Alegoria da Torre de Babel pode ser um fator que impede o exercício permanente dos Diálogos? O que vocês pensam?
Durante esta semana - 26 a 30 de março - iremos debater e fazer redação sobre isto. Vocês podem se preparar pesquisando mais sobre a vida de Sócrates.

Informações importantes sobre a vida de Sócrates:

1 - A mãe de Sócrates era parteira. O filósofo entendia que todas as pessoas poderiam chegar à verdade com o uso correto da razão. A verdade estava no interior das pessoas. O que ele como filósofo precisava fazer era ajudar no"parto" desta verdade abrigada no interior de cada um de nós. O nome desta técnica era "maiêutica" ( dar á luz - parto). Para isto o uso constante e criterioso dos Debates era fundamental.

2 - "Conhece-te a ti mesmo": Esta frase estava escrita no templo ao deus Apolo. Sócrates adotou-a como um princípio para auto-reflexão. Adotando esta prática os seres humanos podiam ir a procura das verdades universais  e alcançar o bem e a virtude.
Por fazer do auto conhecimento a fonte da verdade o período socrático ficou conhecido como "Antropológico" (  anthropos, "homem").

3 - "Só sei que nada sei". Esta é uma das sentenças mais famosas de Sócrates. Considerado como um ou o maior sábio da Grécia Antiga, Sócrates fazia da "ignorância"  do seu próprio conhecimento uma abertura para procurar sempre novos conhecimentos. Ao mesmo tempo estimulava às demais pessoas a se reconhecerem como ignorante como forma de não se fecharem em falsas verdades ou conhecimentos ultrapassados.

4 - "Apologia de Sócrates " - Livro em que o filósofo Platão relata o julgamento de Sócrates e sua condenação à morte, ingerindo cicuta  (um tipo de veneno).
Os poderosos da Grécia consideravam a pregação de Sócrates pela verdade e a justiça uma forma de corromper a juventude.
Os juízes queriam que Sócrates abandonasse suas pregações, como forma dele se salvar. Sócrates considerava que fazendo isto ele estaria sendo conivente e tolerante com a "mentira dos juízes". O filósofo preferia a morte a ter que negar a verdade.  

5 - Sócrates não deixou nada escrito. Tudo sobre ele foi relatado por seu maior discípulo o filósofo Platão.

Texto de autoria de Frederico Drummond - professor de filosofia

sábado, 24 de março de 2012

"SÓ SEI QUE NADA SEI": Com Sócrates iniciamos as fase Antropólogica da Grécia Antiga.

Sócates foi um divisor de períodos históricos. O fílosofos da Natureza eram  chamados de pré-socráticos. Com Sócrates e seu discipulo Platão iremos conhecer uma das fases mais geniais da filosofia antiga. Faz parte deste período também o filósofo Aristóteles e os chamados sofistas.

 Período socrático ou antropológico

Com o desenvolvimento das cidades, do comércio, do artesanato e das artes militares, Atenas tornou-se o centro da vida social, política e cultural da Grécia, vivendo seu período de esplendor, conhecido como o Século de Péricles.(...)
A Polis era marcada por muitas assembléias e debates. (...) Ora, para conseguir que a sua opinião fosse aceita nas assembléias, o cidadão precisava saber falar e ser capaz de persuadir. Com isso, uma mudança profunda vai ocorrer na educação grega. (...)

(...)Para dar aos jovens essa educação, substituindo a educação antiga dos poetas, surgiram, na Grécia, os sofistas, que são os primeiros filósofos do período socrático. Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas.

Que diziam e faziam os sofistas? Diziam que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas estavam repletos de erros e contradições e que não tinham utilidade para a vida da polis. Apresentavam-se como mestres de oratória ou de retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens tal arte para que fossem bons cidadãos.

Que arte era esta? A arte da persuasão. Os sofistas ensinavam técnicas de persuasão para os jovens, que aprendiam a defender a posição ou opinião A, depois a posição ou opinião contrária, não-A, de modo que, numa assembléia, soubessem ter fortes argumentos a favor ou contra uma opinião e ganhassem a discussão.

O filósofo Sócrates, considerado o patrono da Filosofia, rebelou-se contra os sofistas, dizendo que não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer idéia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade.(...)

(...) Discordando dos antigos poetas, dos antigos filósofos e dos sofistas, o que propunha Sócrates?

Propunha que, antes de querer conhecer a Natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria, primeiro e antes de tudo, conhecer-se a si mesmo. A expressão “conhece-te a ti mesmo” que estava gravada no pórtico do templo de Apolo, patrono grego da sabedoria, tornou-se a divisa de Sócrates.

Por fazer do autoconhecimento ou do conhecimento que os homens têm de si mesmos a condição de todos os outros conhecimentos verdadeiros, é que se diz que o período socrático é antropológico, isto é, voltado para o conhecimento do homem, particularmente de seu espírito e de sua capacidade para conhecer a verdade.

O retrato que a história da Filosofia possui de Sócrates foi traçado por seu mais importante aluno e discípulo, o filósofo ateniense Platão.(...)

(...) Sócrates fazia perguntas sobre as idéias, sobre os valores nos quais os gregos acreditavam e que julgavam conhecer. Suas perguntas deixavam os interlocutores embaraçados, irritados, curiosos, pois, quando tentavam responder ao célebre “o que é?”, descobriam, surpresos, que não sabiam responder e que nunca tinham pensado em suas crenças, seus valores e suas idéias.(...)

(...) Sócrates nunca escreveu. O que sabemos de seus pensamentos encontra-se nas obras de seus vários discípulos, e Platão foi o mais importante deles. Se reunirmos o que esse filósofo escreveu sobre os sofistas e sobre Sócrates, além da exposição de suas próprias idéias, poderemos apresentar como características gerais do período socrático:

● A Filosofia se volta para as questões humanas no plano da ação, dos comportamentos, das idéias, das crenças, dos valores e, portanto, se preocupa com as questões morais e políticas.

● O ponto de partida da Filosofia é a confiança no pensamento ou no homem como um ser racional, capaz de conhecer-se a si mesmo e, portanto, capaz de reflexão. Reflexão é a volta que o pensamento faz sobre si mesmo para conhecer-se; é a consciência conhecendo-se a si mesma como capacidade para conhecer as coisas, alcançando o conceito ou a essência delas.

● Como se trata de conhecer a capacidade de conhecimento do homem, a preocupação se volta para estabelecer procedimentos que nos garantam que encontramos a verdade, isto é, o pensamento deve oferecer a si mesmo caminhos próprios, critérios próprios e meios próprios para saber o que é o verdadeiro e como alcançá-lo em tudo o que investiguemos.

● A Filosofia está voltada para a definição das virtudes morais e das virtudes políticas, tendo como objeto central de suas investigações a moral e a política, isto é, as idéias e práticas que norteiam os comportamentos dos seres humanos tanto como indivíduos quanto como cidadãos.

● Cabe à Filosofia, portanto, encontrar a definição, o conceito ou a essência dessas virtudes, para além da variedade das opiniões, para além da multiplicidade das opiniões contrárias e diferentes. As perguntas filosóficas se referem, assim, a valores como a justiça, a coragem, a amizade, a piedade, o amor, a beleza, a temperança, a prudência, etc., que constituem os ideais do sábio e do verdadeiro cidadão.

● É feita, pela primeira vez, uma separação radical entre, de um lado a opinião e as imagens das coisas, trazidas pelos nossos órgãos dos sentidos, nossos hábitos, pelas tradições, pelos interesses, e, de outro lado, as idéias. As idéias se referem à essência íntima, invisível, verdadeira das coisas e só podem ser alcançadas pelo pensamento puro, que afasta os dados sensoriais, os hábitos recebidos, os preconceitos, as opiniões.

● A reflexão e o trabalho do pensamento são tomados como uma purificação intelectual, que permite ao espírito humano conhecer a verdade invisível, imutável, universal e necessária.

● A opinião, as percepções e imagens sensoriais são consideradas falsas, mentirosas, mutáveis, inconsistentes, contraditórias, devendo ser abandonadas para que o pensamento siga seu caminho próprio no conhecimento verdadeiro.

● A diferença entre os sofistas, de um lado, e Sócrates e Platão, de outro, é dada pelo fato de que os sofistas aceitam a validade das opiniões e das percepções sensoriais e trabalham com elas para produzir argumentos de persuasão, enquanto Sócrates e Platão consideram as opiniões e as percepções sensoriais, ou imagens das coisas, como fonte de erro, mentira e falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que nunca alcançam a verdade plena da realidade.
Texto da professora livre docente Marilena Chaui. Seleção livre - professor Frederico Drummond  

“Metáforas da Globalização” – Octavio Ianni - A TORRE DE BABEL

Texto de Saulo Maurício Silva Lobo – 1º ano de Filosofia  -
Fonte: http://meuartigo.brasilescola.com/filosofia/metaforas-globalizacao-octavio-ianni.htm

Octavio Ianni em seu texto vai discorrer sobre a Globalização a partir de metáforas comumente usadas para designar o fenômeno. Termos já legitimados por grandes autores e pensadores e correntemente utilizados em suas obras, tais quais aldeia global, fábrica global, shopping center global, sistema mundo etc.

Ao fim do século XX, o mundo passa por grandes mudanças, pois o própria homem as está sofrendo. Já não há mais uma concepção de que o globo seja meramente a soma de estados-nações relativamente interdependentes. Já não é mais colonialismo, imperialismo, bi e multilateralismo. Desde o século XIX o homem vem progressivamente mudando sua maneira de enxergar a si e a esse mesmo mundo, através da influência das obras de Copérnico, Darwin, Freud, Adam Smith, David Ricardo etc.

Nesse clima de reflexão e imaginação, se multiplicam as metáforas. Mesmo em obras teóricas elas são utilizadas com abundância para tentar explicar o fenômeno da globalização. Talvez por uma carência das próprias Ciências Sociais. O fato é que a questão da Globalização tal qual ela se apresenta configurada na atualidade pode realmente ser colocada de modo inovador. Talvez disso advenha essa carência.

A própria Globalização se utiliza bastante de imagens na era da mídia, som-imagem, eletrônica e informática em que nos encontramos. Nada mais natural do que se utilizar desses próprios recursos para a tentativa de explicação do fenômeno. Entretanto, o autor ao abordar a questão, salienta, que mais do que simplesmente uma imagem, as metáforas são utilizadas em forma de parábolas e alegorias, reflexo das próprias mudanças sofridas pelo homem e sua maneira de pensar e fabular.

Essas metáforas, com aquilo que sugerem, contribuem para uma melhor contribuição do que vem a ser globalização. Assim, o autor discorre um pouco sobre cada uma das metáforas por ele assinaladas, mostrando assim o que cada uma ajuda a elucidar, e que aspecto cada uma ressalta.

Aldeia Global dá a idéia de comunidade global, com toda a abertura trazida pela eletrônica e as facilidades da informática. Sugere assim, uma harmonização e homogeneização progressivas no que se refere á organização, funcionamento e mudanças da vida social.
Fábrica global destaca o quão fácil é movimentar a produção de mercadorias no mundo capitalista, mudando mais rapidamente a produção para locais que ofereçam melhores condições e mais facilidades e estímulos. Aliás, desde o princípio o capitalismo teve esse caráter multinacional, transnacional, mundial em sua produção, pois logo buscou se expandir além-fronteiras.

A nave espacial traz consigo a idéia da aventura, o desconhecido e o incógnito; uma travessia que pode ser impossível. É um tanto pessimista, poderia bem ser o emblema da modernidade desenvolvida no século XX prenunciando o XXI.

Essa mesma metáfora esconde ainda outra, que até a agrava: a da Torre de Babel, que salienta o caráter de caos e desordem que pode se esconder sob o disfarce de harmonia e integração tão difundido pelos defensores do fenômeno.
Ianni conclui o texto delineando o caráter utópico-nostálgico, tão bem expresso nas metáforas (e pelo simples fato de a elas se recorrer) que perpassa o tema da globalização.

“As guerras nascem no espírito dos homens..."

A CONSTRUÇÃO DA PAZ É NOSSA RESPONSABILIDADE. E EXISTE UMA PEDAGOGIA PARA ISTO:

Assim como Pascal falava do "coração" como sede do amor, podemos buscar na ética de Aristóteles os princípios dos valores universais em defesa da paz, como postula a citação abaixo promovida pela UNESCO.
Existe uma pedagogia da Paz desenvolvida originalmente na Universidade Federal de MG e depois, aprofundada pela Universidade Internacional da Paz (UNIPAZ) com sede em Brasília. Sua base é o livro do professor Pierre Weil e é conhecido como "A arte de Viver em Paz".

“As guerras nascem no espírito dos homens, e é nele, primeiramente, que devem ser erguidas as defesas da paz. Poderíamos dar a esta tese o nome de ‘ecologia interior ou pessoal’”. ( UNESCO)
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quinta-feira, 22 de março de 2012

Cosmologia ou Filosofia da Natureza: resumo para seu caderno.


Vamos resumir o que estamos estudando agora.

Nas últimas aulas apresentamos a estrutura do pensamento dos chamados filósofos pré-socráticos, também conhecidos como filósofos da natureza ou período Cosmológico. Na transição do Mito para a Razão os filósofos buscam uma explicação racional para a criação e existência do universo. Buscam entender como o universo passa do Caos para a Ordem, obedecendo a Leis permanentes. Acreditam que exista um princípio ou uma essência que expliquem a existência destas Leis e que estas podem ser descoberta pela razão. Entendem que os sentidos nos mostram apenas coisas transitórias, que não explicariam a permanência das Leis da Natureza. A busca deste "princípio natural" permanente, eterno e imperecível é uma tarefa da razão. Este princípio é chamado de "physis". Os principais filósofos desta fase são: Tales de Mileto, Anaxímenes, Heráclito, Pitágoras, Demócrito, Parmênides, entre outros. A "physis embora eterna e imortal não teria o mesmo sentido que os Hebreus atribuíam a Deus, como criador do Universo.

Resumo: Prof. Frederico Drummond

quinta-feira, 15 de março de 2012

Construindo Nossa Apostila Virtual: 1 - História a Filosofia Antiga.

 1 - Introdução

Toda a história da filosofia antiga é marcada por dois pontos centrais:
a) A verdade do mundo e dos humanos podia ser conhecida por todos, através da Razão, que é a mesma em todos. Assim a Filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza (donde o nome cosmologia).
b) Se a realidade é um fato objetivo – exterior aos seres humanos – o maior desafio do saber filosófico é desenvolver uma metodologia, que através da razão, do pensamento, revele objetivamente esta realidade.

O primeiro período do pensamento grego toma a denominação de período naturalista (ou cosmológico), porque a nascente especulação dos filósofos é voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio unitário de todas as coisas. Recebe a denominação cronológica de período pré-socrático, porque precede Sócrates e os sofistas, que marcam o começo de um novo período na história do pensamento grego. Esse primeiro período tem início no século VII século a.C., e termina dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V. Os filósofos deste período preocuparam-se quase exclusivamente com os problemas cosmológicos. Estudar o mundo exterior nos elementos que o constituem, na sua origem e nas contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande questão que dá a este período seu caráter de unidade. Pelo modo de a encarar e resolver, classificam-se os filósofos que nele floresceram em quatro escolas: Escola Jônica; Escola Itálica; Escola Eleática; Escola Atomística.
2- Os povos Indo-Europeus
Por uma questão de clareza, não se pode falar do mito grego sem antes traçar, um esboço histórico do que era a região antes da Grécia, isto é, antes da chegada dos Indo-Europeus ao território de Hélade.
Os gregos fazem parte de um vasto conjunto de povos designados com o nome convencional de Indo-Europeus. Estes, ao que parece, se localizavam, desde o quarto milênio, ao norte do Mar Negro, entre os Cárpatos e o Cáucaso, sem jamais, todavia, terem formado uma unidade sólida, uma raça, um império organizado e nem mesmo uma civilização material comum. Talvez tenha existido, isto sim, uma certa unidade lingüística e uma unidade religiosa. Pois bem, essa frágil unidade, mal alicerçada num "aglomerado de povos", rompeu-se, lá pelo terceiro milênio, iniciando-se, então, uma série de migrações, que fragmentou os Indo-Europeus em vários grupos lingüísticos, tomando uns a direção da Ásia (armênio, indo-iraniano, tocariano, hitita), permanecendo os demais na Europa (balto, eslavo, albanês, celta, itálico, grego, germânico). A partir dessa dispersão, cada grupo evoluiu independentemente e, como se tratava de povos nômades, os movimentos migratórios se fizeram no tempo e no espaço, durante séculos e até milênios, não só em relação aos diversos "grupos" entre si, mas também dentro de um mesmo "grupo". Assim, se as primeiras migrações indo-européias (indo-iranianos, hititas, itálicos, gregos) estão séculos distantes das últimas (baltos, eslavos, germânicos...), dentro de um mesmo grupo as migrações se fizeram por etapas. Desse modo, o grupo itálico, quando atingiu a Itália, já estava fragmentado, "dialetado", em latinos, oscos e umbros, distantes séculos uns dos outros, em relação à chegada a seu habitat comum.
Entre os helenos o fato ainda é mais flagrante, pois, como se há de ver, os gregos chegaram à Hélade em pelo menos quatro levas: jônios, aqueus, eólios e dórios e, exatamente como aconteceu com o itálico, com séculos de diferença entre um grupo e outro. Para se ter uma idéia, entre os jônios e os dórios medeia uma distância de cerca de oitocentos anos!
Se não é possível reconstruir, mesmo hipoteticamente, o império indo-europeu e tampouco a língua primitiva indo-européia, pode-se, contudo, estabelecer um sistema de correspondência entre as denominadas línguas indo-européias, no que se refere ao vocabulário comum e, partindo deste, chegar a certas estruturas religiosas e mitológicas (estudo comparado) dessa civilização.
O vocabulário comum mostra a estrutura patrilinear da família, o nomadismo, uma forte organização militar, sempre pronta para as conquistas e os saques. Igualmente se torna claro que os indo-europeus conheciam bem e praticavam a agricultura; criavam rebanhos e conheciam o cavalo. O vocabulário religioso é extremamente pobre. São pouquíssimos os nomes de deuses comuns a vários indo-europeus.
De qualquer forma os Indo-Europeus tinham elaborado uma teologia e uma mitologia específicas. Uma de suas conclusões maiores foi a descoberta da estrutura funcional da sociedade e da ideologia dos indo-europeus, estrutura essa fundamentada na tríplice função religiosa dos deuses: Soberania (sacerdotes – Zeus); Força (Guerreiros – Ares) e Fecundidade (Campônios – Deméter). Esta estrutura estava presente, além dos Gregos, entre os indo-iranianos, escandinavos e romanos.
Esta concepção de uma relação fundamental da organização social e sua mitologia será objeto das reflexões do surgimento do pensamento filosófico.
3 – O Mito e Filosofia
A professora, Marilena Chauí (in Convite à Filosofia -Ed. Ática, São Paulo, 2000) introduz o debate sobre o surgimento da filosofia, indagando se este saber teria nascido de uma ruptura radical com os mitos. Na seqüência ela lança a indagação do que é o mito, expondo sinteticamente a seguinte definição: - Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder, etc.). Ele produz esta narrativa por meio de lutas, alianças e relações sexuais entre forças sobrenaturais que governam o mundo e o destino dos homens. Como os mitos sobre a origem do mundo são genealogias, diz-se que são cosmogonias e teogonias.
Assim colocado, voltamos a questão inicial: o povo grego ao manifestar seu espanto perante a natureza, seus acontecimentos, a repetição dos fenômenos naturais, as novas descobertas, possibilitadas pelo desenvolvimento ainda que rudimentar de novas tecnologias (a náutica por exemplo, que possibilitou a descoberta de que a Terra não possuía o formato descrito nos mitos), ao perceber e transformar este espanto em perguntas: será que é assim? O que será de fato? – permitindo a formação do espaço inicial do da reflexão – promoveu uma ruptura com sua visão mítica da realidade?
Entendemos que existe mais de uma alternativa como resposta a esta questão. Na primeira, concordamos com a professora Chauí,que narra as diferenças entre a filosofia e o mito conforme reproduzimos abaixo:
“A Filosofia, percebendo as contradições e limitações dos mitos, foi reformulando e racionalizando as narrativas míticas, transformando-as numa outra coisa, numa explicação inteiramente nova e diferente”.
Quais são as diferenças entre Filosofia e mito? Podemos apontar três como as mais importantes:
a). O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes de tudo existisse tal como existe no presente. A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são;
b). O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas sobrenaturais e personalizadas, enquanto a Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais.
O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a Filosofia fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os astros), terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com Urano e Ponto. A Filosofia explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação dos quatro elementos - úmido, seco, quente e frio, ou água, terra, fogo e ar.
c). O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.”
Todavia temos que considerar outras vertentes sobre sobe o que chamamos de consciência mítica, conforme uma abordagem mais antropológica destacando seu papel como uma realidade simbólica.
A consciência mítica ainda está viva e atuante. O mito, quando estudado ao vivo, não é uma explicação destinada a satisfazer uma curiosidade científica, mas uma narrativa que faz reviver uma realidade primordial, que satisfaz profundas necessidades religiosas, aspirações morais, a pressões e a imperativos de ordem social e mesmo a exigências práticas. Ele desempenha uma função indispensável: exprime, exalta e codifica a crença; salvaguarda e impõe os princípios morais; garante a eficácia do ritual e oferece regras práticas para a orientação do homem. E é precisamente esta visão que nos impede de ver o nascimento da filosofia como uma ruptura à narrativa mítica, senão como uma nova vertente de construção do saber.
4 - Condições históricas para o surgimento da Filosofia
Não foi acidental o nascimento da filosofia na Grécia, no final do século VII e início do século VI antes de Cristo.
A historiografia permite-nos identificar algumas condições históricas para isto, conforme resumimos a seguir:
a) O surgimento das cidades, como espaço político de exercício da cidadania e seus contratos sociais;
b) O nascimento de recursos simbólicos de comunicação abstrata como: a escrita alfabética, a moeda (alterando a qualidade dos processos de troca) e o calendário (como uma dimensão social de organização do tempo);
c) O surgimento da política, juntamente com a formulação de Leis (relações contratuais negociadas); o espaço público e o direito à cidadania e o florescimento do argumento, através do discurso, como instrumento de convencimento.
d) A grande expansão das viagens marítimas, que promoveu uma grande revolução na percepção do espaço e o desaparecimento de alguns mitos, associados à força dos mares.
Seguramente esta conjugação de fatores tenha sido uma ocorrência singular do ponto de vista da história das culturas, mas foi precisamente este arranjo histórico que constituiu a base material, psicológica e espiritual para a emergência desta forma particular de conhecer o universo.Os aspectos mais singulares do surgimento da filosofia na Grécia podem ser resumidos da seguinte forma:
a) Com relação aos mitos: os gregos deram racionalidade a narrativas sobre as origens das coisas, dos homens, das instituições humanas (como o trabalho, as leis, a moral);
b) Com relação aos conhecimentos: os gregos transformaram em ciência aquilo que eram elementos de uma sabedoria prática para o uso direto na vida.
c) Os gregos inventaram a política (palavra que vem de polis, que, em grego, significa cidade organizada por leis e instituições).Instituíram práticas pelas quais as decisões eram tomadas a partir de discussões e debates públicos e eram adotadas ou revogadas por voto em assembléias públicas; porque estabeleceram instituições públicas (tribunais, assembléias, separação entre autoridade do chefe da família e autoridade pública, entre autoridade político-militar e autoridade religiosa) e sobretudo porque criaram a idéia da lei e da justiça como expressões da vontade coletiva pública e não como imposição da vontade de um só ou de um grupo, em nome de divindades. Os gregos criaram a política porque separaram o poder político e duas outras formas tradicionais de autoridade: a do chefe de família e a do sacerdote ou mago;
d). Com relação ao pensamento: diante da herança recebida, os gregos inventaram a idéia ocidental da razão como um pensamento sistemático que segue regras, normas e leis de valor universal.
5 - O nascimento da Filosofia – Período Cosmológico
A filosofia nasceu na cidade de Mileto, com o primeiro filósofo Tales de Mileto, concebida como uma cosmologia. Em seu nascimento ela busca o conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza..
Em um período da história humana em que o saber filosófico pouco se distinguia do saber científico, é verdadeiramente notável o conceito formulado pelos filósofos naturalistas.De fato este é um marco central de evolução em relação ao pensamento mítico. E há mesmo um nível de sofisticação na construção dos conceitos, que gostaríamos de aprofundar na própria historiografia para entender os filósofos desta época da.Em primeiro lugar a idéia de buscar elementos fundamentais na natureza, para então formular teorias sobre o universo está na base da própria formulação sobre os conceitos iniciais da descoberta do átomo.Abstrações como de Anaximandro chegam a surpreender pela genialidade de sua formulação: um princípio natural - o ápeiron - como fonte de todos os demais processos naturais revela um nível de maturidade muito elevado. Mesmo sua idéia sobre a ordem do mundo, regulada por opostos - encontra uma interessante ressonância com os princípios contemporâneos da dialética. O equilíbrio pela relação entre os opostos tem uma equivalente no pensamento oriental nos princípios do Tao, que ainda hoje fundamenta a medicina tradicional oriental.Sabemos da distância destes períodos históricos. Mas recordamos estas aproximações como forma de reafirmar a maturidade do pensamento pré-socrático.
As principais características da cosmologia são:
Em um resumo geral das características do período cosmológico podemos observar que os filósofos deste período fundamentalmente buscam uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da Natureza, da qual os seres humanos fazem parte, sendo humanos e natureza, pela sua identidade, explicados pela filosofia.. Esta Natureza é eterna e tudo se transforma em outra coisa sem jamais desaparecer. Não é possível dizer que o mundo tenha vindo de algo, pois possui um fundo eterno, incriado. Este fundo, que é o elemento primordial da Natureza chama-se physis e só é visível ao pensamento (não pode ser visto por nossos sentidos). Embora a physis (o elemento primordial eterno) seja imperecível, ela dá origem a todos os seres infinitamente variados e diferentes do mundo, seres que, ao contrário do princípio gerador, são perecíveis ou mortais. Outro princípio familiar aos filósofos deste período e que todos os seres, além de serem gerados e de serem mortais, são seres em contínua transformação, mudando de qualidade e de quantidade; esta também é uma característica do mundo está em mudança contínua, sem por isso perder sua forma, sua ordem e sua estabilidade. Todo este processo, que é percebido como movimento possui uma designação: é chamado devir, sendo a passagem contínua de uma coisa ao seu estado contrário e essa passagem não é caótica, mas obedece a leis determinadas pela physis ou pelo princípio fundamental do mundo. Finalmente vale registrar que os diferentes filósofos escolheram diferentes physis em seus modelos, isto é, cada filósofo encontrou motivos e razões para dizer qual era o princípio eterno e imutável que está na origem da Natureza e de suas transformações. Assim, Tales dizia que o princípio era a água ou o úmido; Anaximandro considerava que era o ilimitado sem qualidades definidas; Anaxímenes, que era o ar ou o frio; Heráclito afirmou que era o fogo; Leucipo e Demócrito disseram que eram os átomos. E assim por diante.
6 Principais Escolas
Os principais filósofos pré-socráticos foram:
● filósofos da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
● filósofos da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
● filósofos da Escola Eleata: Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;
● filósofos da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
Referências e consultas

Coleção Os Pensadores, Os Pré-socráticos, Abril Cultural, São Paulo, 1.ª edição, vol.I, agosto 1973.
CHAUÍ, Marilene “Convite à Filosofia” – Edição na Internet – Pausa Para Filosofia – 14 de fevereiro de 2003.
KIRK, G. S. Os filósofos pré-socráticos: historia critica em seleção de textos. 4. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994.
PRÉ-SOCRÁTICOS. Fragmentos doxografia e comentários. 2. São Paulo: Abril Cultural, 1996. 1 (OS PENSADORES).
Outras fontes de consulta na Internet sites: Ateus.net; Mundo dos Filósofos; Consciência.

Texto de autoria de Frederico Ozanam Drummond

terça-feira, 13 de março de 2012

Unidade 2 - Antropologia Filosófica (página 44) – Livro “Filosofando

Unidade 2 - Antropologia filosófica (página 44) – Livro “Filosofando”

Capítulo 4 – Natureza e Cultura (página 46 )

a)     Distinguir as características do comportamento animal e humano.
b)     Refletir sobre o conceito de cultura como fenômeno tipicamente humano

Capitulo 5 – Linguagem e Pensamento (pag. 54.)

a) Abordar a importância da linguagem para o pensamento e a formação do mundo humano.
b) Discutir as diversas formas da linguagem e suas manifestações.
c) Apresentar as funções da linguagem e sua relação com o pensamento e a cultura.

Capitulo 6 – Trabalho, Alienação e Consumo  (pag.66)

a) Abordar os conceitos fundamentais de trabalho, alienação e consumo.
b) Refletir sobre as diferentes formas de trabalho ao longo da história.
c) Analisar o mundo do trabalho na era capitalista.
d) Discutir as relações entre globalização, consumismo, alienação e trabalho

Capitulo 7 – Em Busca da Felicidade (pag. 80)

a) Analisar os conceitos de felicidade.
b) Discutir os temas existenciais do corpo, do amor e do erotismo.
c) Refletir sobre o conceito de felicidade na Filosofia, desde a Antiguidade clássica até a contemporaneidade.
d) Analisar a idéia do individualismo no contexto dos conceitos de felicidade

Capitulo 8 – Aprender a Morrer (pag.95 )

a) Apresentar o pensamento filosófico sobre a morte.
b) Analisar as razões da interdição do tema morte.
c) Discutir a morte e suas razões sociais.
d) Refletir sobre as possibilidades de antecipação da morte.
e) Discutir o comportamento e os valores diante da inevitabilidade da morte

Leituras Complementares

Serão recomendas tendo como referência os nossos Blogs


Atividades

a) Pesquisas na Internet temas sobre a unidade, passado em sala de aula.
b) Atividade em classe: resumo dos textos pesquisados, redações sobre os temas da unidade.
c) Debate em sala de aula sobre temas da Unidade.

Planejamento Professor Frederico Drummond

segunda-feira, 12 de março de 2012

Detalhando Nosso Livro "Filosofando" - Unidade 1 - Descobrindo a Filosofia

Unidade 1 - Descobrindo a Filosofia (página 12)


Capítulo 1 - A Experiência Filosófica (pag. 14)

a) Apresentar como se constrói o pensamento filosófico, explorando a idéia de experiência filosófica.
b) Refletir sobre o papel da Filosofia na construção do conhecimento e do saber.
c) Discutir as diferentes visões sobre Filosofia

Capitulo 2 - A consciência Mítica (pag. 25)

a) Definir o que é um mito, explicando tratar-se de uma intuição compreensiva da realidade.
b) Refletir sobre a função do mito.
c) Analisar a importância dos mitos como forma de pensamento.
d) Discutir a atualidade da idéia de mito e suas manifestações contemporâneas

Capitulo 3 - O nascimento da Filosofia (pag. 36)

a) Apresentar as condições históricas que permitiram à Grécia Antiga tornar se o berço da Filosofia (invenção da escrita e da moeda, criação de Leis escritas; criação da cidade-estado - Polis).
b) Analisar o pensamento dos primeiros filósofos gregos, conhecidos como pré-socráticos: Tales de Mileto, Demócrito, Pitágoras, Heráclito e Parmênides.

Leituras Complementares

Serão recomendas tendo como referência os nossos Blogs




Atividades

a) Pesquisas na Internet sobre “Função do Mito”; “Principais características da Razão” e o “Nascimento da Filosofia”;
b) Atividade em classe: resumo dos textos pesquisados, redações sobre os temas da unidade.
c) Debate em sala de aula sobre temas da Unidade.
d) Assistir ao filme "Matrix" (o primeiro) e compará-lo com a Apologia da Caverna de Platão, procurando refletir sobre questões fundamentais como:
- O que é o real;
- "Conhece-te a ti mesmo" (Oráculo de Delphos)
- "Só sei que nada sei" - Sócrates

Planejamento Professor Frederico Drummond

domingo, 11 de março de 2012

APRESENTANDO NOSSO PROGRAMA E O LIVRO FILOSOFANDO

Sete Lagoas, Março de 2012

Prezados Alunos,


O livro que adotamos para nossos estudos de filosofia, na Escola Estadual Emílio de Vasconcelos Costa, chama-se FILOSOFANDO e é de autoria das professoras Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins. Este livro destina-se a todas as séries do ensino médio regular e do EJA, tendo sido editado em volume único. Isto tem como primeira implicação a necessidade de um maior cuidado com o manuseio e guarda do livro, uma vez que iremos usá-lo pelo menos nos próximos três anos. A segunda implicação, não menos importante, é a distribuição do conteúdo ao longo das séries. Atualmente a filosofia é estudada mesclando os grandes temas filosóficos (como Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, etc.) com a História da Filosofia.
Em relação ao nosso livro, ele foi organizado em 7 grandes Unidades, como mostraremos a seguir:

UNIDADE 1 - DESCOBRINDO A FILOSOFIA
UNIDADE 2 - ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
UNIDADE 3 - O CONHECIMENTO
UNIDADE 4 - ÉTICA
UNIDADE 5 - FILOSOFIA POLÍTICA
UNIDADE 6 – FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS
UNIDADE 7 – ESTÉTICA

Estas unidades serão nosso mapa de planejamento e estudos. Cada Unidade possui 7 Capítulos, formando um total de 37 capítulos. O livro não sugere uma distribuição dos eixos temáticos nem por série, nem por ano. Esta distribuição, portanto, passa a ser uma responsabilidade do professor de filosofia, em acordo com a equipe pedagógica. Nossas turmas são pioneiras do aprendizado da filosofia, no ensino médio das escolas públicas, em Minas Gerais. Desta forma a distribuição dos eixos tem este caráter também pioneiro. Mas não partimos do zero. O magistério de filosofia possui uma larga tradição, que serve de base para o planejamento dos nossos estudos. Como a distribuição do tempo das séries regulares é diferente das turmas do EJA, iremos acompanhar esta diferença de tempo.

I - Séries Regulares:

1° Ano: Conteúdo

UNIDADE 1 - DESCOBRINDO A FILOSOFIA (1° Bimestre)
UNIDADE 2 - ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA (2° Bimestre)
UNIDADE 3 - O CONHECIMENTO (3° e 4° Bimestre)

2° Ano: Conteúdo

UNIDADE 3 - O CONHECIMENTO (REVISÃO) (1° Bimestre)
UNIDADE 4 – ÉTICA (2°Bi e parte do 3° Bimestre)
UNIDADE 5 - FILOSOFIA POLÍTICA (parte do 3° e 4° Bimestre)


3° Ano: Conteúdo

UNIDADE 4 – ÉTICA (REVISÃO) (1° Bimestre)
UNIDADE 5 - FILOSOFIA POLÍTICA (REVISÃO) (1° Bimestre)
UNIDADE 6 – FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS (2° e 3° Bimestre)
UNIDADE 7 – ESTÉTICA (4° Bimestre)


II – Séries do EJA

1° Ano: Conteúdo

UNIDADE 1 - DESCOBRINDO A FILOSOFIA (1° Bimestre)
UNIDADE 2 - ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA (2° Bimestre)
UNIDADE 3 - O CONHECIMENTO (3° e 4° Bimestre)

2° Ano: Conteúdo

1° Etapa (1 °semestre)

UNIDADE 1 - DESCOBRINDO A FILOSOFIA (Revisão) (1° Bi)
UNIDADE 2 - ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA (Revisão) (1° Bi)
UNIDADE 3 - O CONHECIMENTO (Revisão) (2°Bi)

2° Etapa (2° semestre)

UNIDADE 4 – ÉTICA (3° Bimestre)
UNIDADE 5 - FILOSOFIA POLÍTICA(4° Bimestre)
Noções de Filosofia das Ciências e Estética (4° Bimestre)



O detalhamento de cada Unidade será informado ao longo desta semana.

Conheça mais o conteúdo do nosso livro e deixe registrada sua opinião aqui ou no facebook.

FILOSOFANDO

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

MARIA LÚCIA DE ARRUDA ARANHA
MARIA HELENA PIRES MARTINS


sábado, 10 de março de 2012