sexta-feira, 27 de maio de 2011

OXI, o Anjo da Morte.

Este era para ser um relato de ficção. Gostaria que fosse. Mas a estrutura geral é tenebrosamente simples: jovens chegam drogados à sala de aula e continuam se drogando no espaço da escola. Intimidados não dizemos nada. Ficamos aguardando por uma ajuda que nunca vem. Simulamos que não é conosco.  Mostramos medo. Enquanto isto nossos filhos estão morrendo. De uma forma covarde.  O Anjo da Morte tem muitos nomes. O mais recente (será?) possui um nome lacônico: OXI. Poderia ser merla, crack, colírio para glaucoma, álcool com qualquer mistura de anfetaminas. A esta altura o nome  pouco importa. Eles estão morrendo. Dentro da nossa casa, da nossa igreja, da nossa escola. Quase sempre uma morte lenta. Quase sempre devastadora. E não fazemos quase nada.

Frederico, professor de filosofia.

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