domingo, 29 de abril de 2012

Importante material para nossas pesquisas :Jovens brasileiros conciliam bem ciência e religião

Pesquisa revela que a maioria dos estudantes do ensino médio não vê a fé como barreira à aceitação da teoria evolutiva de Darwin

28 de abril de 2012 | 18h 38
 
Herton Escobar
A maioria dos jovens brasileiros vive em paz com suas crenças religiosas e a ciência da teoria evolutiva. Tem fé em Deus e, ao mesmo tempo, concorda com as premissas estabelecidas por Charles Darwin mais de 150 anos atrás, de que todas as espécies da Terra - incluindo o homem - evoluíram de um ancestral comum por meio da seleção natural. É o que sugere uma pesquisa realizada com mais de 2,3 mil alunos do ensino médio no País, coordenada pelo professor Nelio Bizzo, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Futuro? Uma interpretação mais elástica das doutrinas religiosas e mais sensível à ciência - Marcos Müller/AE
Marcos Müller/AE
Futuro? Uma interpretação mais elástica das doutrinas religiosas e mais sensível à ciência


A conclusão flui de um questionário sobre religião e ciência respondido por estudantes de escolas públicas e privadas de todas as regiões do País, com média de 15 anos de idade. A base de dados e a metodologia usadas na pesquisa foram as mesmas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), segundo Bizzo, para garantir que os resultados fossem estatisticamente representativos da população estudantil brasileira. “É o primeiro dado com representatividade nacional sobre esse assunto para esta faixa etária”, diz o educador, que apresentou os dados pela primeira vez neste mês, em uma conferência na Itália.

“Ainda vamos fracionar e analisar mais profundamente as estatísticas, mas já dá para perceber que os alunos religiosos brasileiros são bem menos fundamentalistas do que se esperava”, avalia Bizzo, que também é formado em Biologia e tem livros e trabalhos publicados sobre a história da teoria evolutiva. “É surpreendente. Algo que sugere que no futuro teremos uma população com uma interpretação mais elástica das doutrinas religiosas e mais sensível à ciência.”

Aos 15 anos, diz Bizzo, os jovens estão passando por uma fase de definição moral, em que consolidam suas opiniões sobre temas fundamentais relacionados à ética e à moralidade. “É um período crucial. Dificilmente os conceitos de certo e errado mudam depois disso.”

O questionário apresentava aos alunos 23 perguntas ou afirmações com as quais eles podiam concordar ou discordar em diferentes níveis. Mais de 70% disseram que se consideram pessoas religiosas e acreditam nas doutrinas de sua religião (52% católicos e 29% evangélicos, principalmente, além de 7,5% sem religião). Ao mesmo tempo, mais de 70% disseram que a religião não os impede de aceitar a evolução biológica; e 58%, que sua fé não contradiz as teorias científicas atuais. Cerca de 64% concordaram que “as espécies atuais de animais e plantas se originaram de outras espécies do passado”.

Só quando a evolução se aplica ao homem e à origem da vida, as respostas ficam divididas. Há um empate técnico, em 43%, entre aqueles que concordam e discordam que a vida surgiu naturalmente na Terra por meio de “reações químicas que transformaram compostos inorgânicos em orgânicos”. E também entre os que concordam (44%) e discordam (45%) que “o ser humano se originou da mesma forma como as demais espécies biológicas”.

Sensibilidade. Os pesquisadores chamam atenção para o fato de que nenhuma das respostas que seriam consideradas fundamentalistas, do ponto de vista religioso, ultrapassam a casa dos 29%, porcentagem de entrevistados que se declararam evangélicos (denominação em que a rejeição à teoria evolutiva costuma ser mais forte). Apenas em dois casos elas ultrapassam 20%: entre os alunos que “discordam totalmente” que o ser humano se originou da mesma forma que as outras espécies (24%) e que os primeiros seres humanos viveram no ambiente africano (26%).

“A porcentagem dos que rejeitam completamente a origem biológica do homem é menor que a de evangélicos da amostra, o que é uma surpresa, já que os evangélicos no Brasil costumam ser os mais fundamentalistas na interpretação do relato bíblico”, avalia Bizzo. “A teoria evolutiva é talvez a coisa mais difícil de ser aceita do ponto de vista moral pelos religiosos. Mesmo assim, os dados mostram que a juventude brasileira é sensível aos produtos da ciência.”

Divulgada em 1859, com a publicação de A Origem das Espécies, a teoria evolutiva de Charles Darwin propõe que todos os seres vivos têm uma ancestralidade comum, e que as espécies evoluem e se diversificam por meio de processos de seleção natural puramente biológicos, sem a necessidade de intervenção divina ou de forças sobrenaturais - um conceito amplamente confirmado pela ciência desde então.

Apesar de ser frequentemente (e erroneamente) resumida como “a lei do mais forte”, a teoria evolutiva é muito mais complexa que isso. A Origem das Espécies tinha 500 páginas, e Darwin ainda considerava isso muito pouco para explicá-la. Desde então, com o surgimento da genética e o desenvolvimento de várias outras linhas de pesquisa evolutiva, a complexidade da teoria só aumentou, dificultando ainda mais sua compreensão - e, possivelmente, sua aceitação - pelo público leigo.

“O problema é que a maioria dos estudantes - ainda mais com 15 anos - não tem muita clareza sobre o que está envolvido na teoria darwiniana. Com isso há o potencial de surgirem respostas contraditórias”, avalia o físico e teólogo Eduardo Cruz, professor do Departamento de Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Isso não tem a ver com a qualidade da pesquisa, mas com a pouca compreensão de temas tanto científicos quanto teológicos. Além do que, quando se trata de perguntas que envolvem a intimidade das pessoas, as respostas nem sempre são confiáveis. É como perguntar a rapazes de 15 anos se ainda são virgens.”

Aceitação. Uma pesquisa nacional realizada pelo Datafolha em 2010, com 4.158 pessoas acima de 16 anos, indicou que 59% dos brasileiros acreditam que o homem é fruto de um processo evolutivo que levou milhões de anos, porém guiado por uma divindade inteligente. Só 8% acreditam que o homem evoluiu sem interferência divina. Os dados também mostram que a aceitação da teoria evolutiva cresce de acordo com a renda e a escolaridade das pessoas - o que pode ou não estar relacionado a uma melhor compreensão da teoria.

“Há uma discussão se a aceitação depende do entendimento, e uma análise mais precisa será realizada, mas uma análise superficial dos dados não encontrou essa correlação”, afirma Bizzo sobre sua pesquisa, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Faculdade de Educação da USP. “Há indícios de que a compreensão básica seja acessível a todos e que a decisão de concordar que a espécie humana surgiu como todas as demais não depende de estudos aprofundados na escola.”

Para a filósofa e educadora Roseli Fischmann, os resultados da pesquisa são “compatíveis com a capacidade dos jovens de viver o mundo de descoberta da ciência sem abalar sua fé”.

“A fé, se bem sustentada, não é ameaçada pelo conhecimento científico”, diz Roseli, coordenadora da Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista e professora da USP. “Sozinhas, nem a ciência nem a religião garantem que o ser humano seja bom e que o bem comum seja alcançado. É preciso a presença da ética, do respeito a todo ser humano, da consciência da responsabilidade individual na construção do bem comum.”

Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,jovens-brasileiros-conciliam-bem-ciencia-e-religiao,866620,0.htm?reload=y

quinta-feira, 26 de abril de 2012

BEM VINDOS AO SEGUNDO BIMESTRE DE 2012.

Na primeira semana de maio iniciaremos nossas disciplinas relativas ao segundo bimestre de 2012. Neste período iremos abordar diversos eixos temáticos, compreendidos nos seguintes campos da Filosofia:

1º - Maio/Junho - Antropologia Filosófica ( início na página 44 do nosso livro)

Temas:

a) Natureza e Cultura;
b) Linguagem e Pensamento;
c) Trabalho, Alienação e Consumo;
d) Em busca da Felicidade;
e) Aprender a morrer...

2º - Junho/Julho - Ética ou Teoria do Valor (começa na página 210 do livro)

a) Entre o bem e o mal;
b) Ninguém nasce moral;
c) Podemos ser livre?

Em cada um destes temas iremos conhecer mais a história da filosofia, debatendo  o pensamento de Platão e Aristóteles; Santo Agostinho e Tomaz de Aquino; Kant; Nietzsche, Marx e Sartre.

Os temas serão os mesmos para todas as turmas. O que irá variar é o grau de complexidade na abordagem dos temas, de acordo com a série que o aluno estiver realizando.

Vamos em frente em mais esta JORNADA.

professor Frederico

terça-feira, 17 de abril de 2012

Preparando nossas provas do primeiro bimestre.

Prezados alunos,

Embora eu já tenha feito esta recomendação, volto a lembrá-los: os temas centrais de nossos estudos no bimestre estão resumidos nos textos postados aqui no Blog. Vamos lembrá-los:

a) Experiência Filosófica: Um caminho para a verdade.

b) Cosmologia ou Filósofos da Natureza e Pensamento Mítico

d) Sócrates: Um resumo comentado (principalmente para as turmas do 2° e 3º anos seriados)

Observação: as provas serão realizadas entre os dias 23 e 27 de abril.


A todos ótimas reflexões.

professor Frederico

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Experiência Filosófica – Um caminho para a verdade.

Releiam o texto abaixo. Ele sintetiza boa parte de nossa própria experiência filosófica


a) Nossos sentidos podem nos enganar? b) Como posso saber se o que estou vendo é real ou uma ilusão? c) Como usamos a razão para interpretar os dados que nossos sentidos me revelam da realidade? d) A realidade é apenas o que os sentidos me revelam? Neste caso como admitimos  que um átomo existe se não posso senti-lo? Um número qualquer, por exemplo, o número 5 ou o número 9, podem ser encontrados na natureza, ou eles são símbolos que nossa razão criou? e) Deus existe? Para aqueles que consideram real sua existência como podem afirmar isto se não podem vê-lo? A intuição (fonte do conhecimento direto ) pode ser uma maneira de me indicar a existência de Deus?
Vamos finalmente lembrar a famosa frase do filósofo Pascoal: "O coração tem razões que a própria razão desconhece".
O que o filósofo quis dizer com isto? Acertou quem respondeu nossas emoções, como o amor, nossas paixões, a alegria, a dor emocional. Estas dimensões fazem parte e são fundamentais na vida humana. Aprendemos com elas e elas não estão na esfera da razão.
Para facilitar criamos uma forma que ajuda a memorizar nossos recursos para conhecimento da realidade, expresso nas seguintes letras: R.E.I.S, que  significam: RAZÃO; EMOÇÃO; INTUIÇÃO E SENTIDOS. Com estes recursos os seres humanos sabem que não é apenas com a razão que eles descobrem a realidade.
Entender estas dimensões considerando a forma como fazemos nossos julgamentos, como desenvolvemos nossa capacidade crítica, como exercemos nossa cidadania, como nos libertamos da "Caverna de Platão" constitui um dos fundamentos centrais de nossos estudos. Como mestre de Platão, o filósofo Sócrates já havia apontado um caminho para o conhecimento da realidade, através do autoconhecimento, citando a célebre frase: “Conhece-te a ti mesmo”. Sócrates entendia que dentro de cada um de nós estava o caminho para a verdade, e nos conhecendo poderíamos superar todos os preconceitos, os julgamentos ilusórios, distinguir o certo do errado, o justo do injusto e descobrir o bem verdadeiro. Todos estes conhecimentos marcaram o início da filosofia antiga, principalmente na Grécia Antiga.

TENDO COMO BASE O TEXTO ACIMA FAÇA UMA REDAÇÃO COM O SEGUINTE TÍTULO:

COMO POSSO ENTENDER A FILOSOFIA COMO UM CAMINHO PARA A VERDADE?

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA

a) - Kant nos legou no seguinte ensinamento:

 " Não é possível aprender qualquer filosofia (...) só é possível aprender  a filosofar".

b) Muitos séculos antes Sócrates já havia apontado os caminhos deste aprendizado:

1 - Primeiro - Reconhecendo nossa ignorância (reconher que ignoramos), ao dizer: "Só sei que nada sei".

2 - Segundo - Fazendo da introspecção e do autoconhecimento o caminho para este aprendizado, adotando a célebre frase do templo de Apolo: "Conhece-te a ti mesmo".