sábado, 28 de maio de 2011

O "meu" Deus irá nos Salvar. E o seu Deus?

O texto que estou postando a seguir constitui documento produzido pelo Centro de Referência Virtual, da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais. Ele constitui material de reflexão no II Eixo de nossos estudos, que trata da questão da Ética em filosofia. O tema deste Eixo  é Universalidade e Relatividade dos Valores.
Os valores e regras morais são universais, valendo para todos, ou são relativos às culturas, épocas e situações?

Podemos afirmar que alguns princípios morais são válidos independentemente de seu contexto, ou, ao contrário, a moralidade é essencialmente histórica e cultural?

O ponto de partida deste problema é uma constatação de fato: há uma grande diversidade de leis e costumes entre diferentes sociedades e culturas. Mais que isso, dentro de uma mesma sociedade é possível encontrar pessoas e grupos com hábitos e convicções morais diferentes. Como compreender este fato?
Em relação a esta questão se dividem relativistas e universalistas.

Para os primeiros, o costume é a origem e o critério da moralidade. Levando esta idéia às suas últimas consequências, chega-se à afirmação que não há uma posição moral mais correta do que outra.

Já os universalitas acreditam que, por mais forte que sejam os costumes, o que é moral ou imoral não é determinado por eles, mas por um ponto de vista que ultrapassa a particularidade.

O desafio não é novo: colocou-se para os historiadores e filósofos da antiguidade – ver as reflexões de Heródoto sobre os hábitos dos Persas e o grande debate entre Platão e os sofistas sobre se o justo e o injusto são definidos pelos costumes (Teeteto 172).

Colocou-se novamente na modernidade, com a descoberta das Américas, quando os indígenas foram compreendidos tanto como bárbaros aos quais faltavam “Deus, lei e rei”, quanto como um exemplo de ser humano mais próximo das leis naturais – ver o capítulo “Dos Canibais”, nos Ensaios de Montaigne.
Nos séculos XIX e XX, os antropólogos questionaram o que o senso comum afirmava sobre os povos primitivos, rapidamente identificados como inferiores.

Nos dias de hoje, a sociedade globalizada aproxima tradições, religiões e costumes, o que pode ser um fenômeno gerador de conflito, mas também de novas formas de respeito e de reconhecimento. Justifica-se, assim, plenamente, a inclusão deste tema no programa, como um meio tanto de enriquecer a visão que o aluno tem do outro quanto de avaliar seu compromisso com suas próprias convicções.




Fonte: Centro de Referência Virtual

sexta-feira, 27 de maio de 2011

OXI, o Anjo da Morte.

Este era para ser um relato de ficção. Gostaria que fosse. Mas a estrutura geral é tenebrosamente simples: jovens chegam drogados à sala de aula e continuam se drogando no espaço da escola. Intimidados não dizemos nada. Ficamos aguardando por uma ajuda que nunca vem. Simulamos que não é conosco.  Mostramos medo. Enquanto isto nossos filhos estão morrendo. De uma forma covarde.  O Anjo da Morte tem muitos nomes. O mais recente (será?) possui um nome lacônico: OXI. Poderia ser merla, crack, colírio para glaucoma, álcool com qualquer mistura de anfetaminas. A esta altura o nome  pouco importa. Eles estão morrendo. Dentro da nossa casa, da nossa igreja, da nossa escola. Quase sempre uma morte lenta. Quase sempre devastadora. E não fazemos quase nada.

Frederico, professor de filosofia.

O que é Monismo (2)

Familiarizando com os Termos Filosóficos.
O domínio dos termos usados em filosofia constitui uma boa ferramenta para nossas pesquisas e consultas. O siste http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/ é uma boa fonte para estas pesquisas. Vejam estes exemplos


Definition:
(in. Monism; fr. Monisme, al. Monismus; it. Monismó).


(do gr. monos, um só).


sistema filosófico segundo o qual há somente uma realidade: a matéria ou o espírito. — Opõe-se o monismo materialista de Marx ao monismo espiritualista de Hegel; ao sistema de Spinoza, que identifica Deus com a natureza, deram-se tanto interpretações materialistas (que se colocam do ponto de vista da Natureza, com a qual o filósofo teria identificado Deus) quanto espiritualistas (que se situam do ponto de vista de Deus, ao qual teria Spinoza relacionado toda a realidade natural). O monismo suprime, assim, a diferença de natureza que parece existir em nossa consciência e no mundo, entre o espírito e a matéria. (Contr.: dualismo, pluralismo.) [Larousse]

O que é Dualismo? (1)

Familiarizando com os Termos Filosóficos.
O domínio dos termos usados em filosofia constitui uma boa ferramenta para nossas pesquisas e consultas. O siste http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/ é uma boa fonte para estas pesquisas. Vejam estes exemplos:



O dualismo em geral, em oposição ao monismo, mantém os contrastes essenciais existentes na realidade entre o ser contingente e o Ser absoluto (mundo e Deus) e, dentro da esfera do contingente, entre conhecer e ser, entre matéria e espírito, respectivamente entre matéria e forma vital unida ao material, entre ser e ação, entre substância e acidente, etc. — Toda pluralidade se deve reduzir certamente à unidade em seu último fundamento, mas não deve ser suprimida em sua própria esfera. — Ao invés, dualismo designa, com frequência, o outro extremo do monismo: a dualidade pura, irredutível. Assim, o dualismo metafísico estreme explica a limitação e o mal no mundo, pela aceitação de dois princípios: um princípio "potencial", a par de Deus, e coeterno com Ele, que põe obstáculos e limites à Sua ação configuradora do universo (a matéria eterna de Platão), ou então um ser mau independente frente ao princípio bom (maniqueísmo). Também o dualismo antropológico, tal como é defendido por Descartes, não toma em conta a unidade de corpo e alma que, superando a dualidade, existe no homem (corpo e alma [Relação entre]). — WlLLWOLL. [Brugger]

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Tempo de Programar o mês de Junho e Julho, final do 2º Bimestre de 2011.

Um dos segredos de um bom desempenho no estudo da filosofia é termos sempre presente nosso plano de estudos. A natureza transdisciplinar deste conhecimento nos leva, muitas vezes, aprofundar a investigação de um tema, além do programado. Isto não é um problema. Apenas não podemos perder nosso mapa. Vamos revê-lo:

1º Bimestre:
O estudo do Ser Humano (Antropologia Filosófica), privilegiando os estudos da a) Natureza e Cultura e b) Corpo e Psiquismo. Aqui fazemos a pergunta: O QUE É SER HUMANO? O QUE É A PESSOA? Tais perguntas nos levam para a investigação desta singularidade que é a Consciência e mais, a Autoconsciência ( O Ser Humano Sabe que Sabe).
Aqui iniciamos também o estudo da Ontologia (Onto=Ser - Logos=Conhecimento).  Qual é a essência do Ser?
2º Bimestre
As reflexões são centradas na Ética e na Filosofia Política. Especial atenção é dedicada à Teogia do Valor, conhecida como Axilologia.
3º Bimestre
Início do estudo da Teoria do Conhecimento ou Epistemologia. Desde a Alegoria de Caverna, de Platão, até filmes compemporâneo como Matrix fazemos a pergunta: O que é o real?
Pesquisamos neste período também os fundamentos da Lógica. Lembrete prático: o sistema de Planilhas Eletrônicas, tipo Excel, é todo estruturado em Lógica Formal.
4 º Bimestre
Prosseguimos o estudo da Teoria do Conhecimento.

Outro lembrete: em todos os Eixos Temáticos iremos apresentar um período da História da Filosofia, assim estruturado:

a) Antiguidade Clássica - Da Mitologia, passando pelo período Cosmológico, depois pelo período Antropológico (Sócrates e Platão) até Aristóteles e os Sofistas.
b) Idade Média: a) a Patrística - Com início em Santo Agostinho e depois Tomaz de Aquino (Escolática);
c) Renascença - com as contribuições de Maquiavel e da Reforma Protestante;
d) Era Moderna - Examinando o grande salto do pensamento de Descarte (Dúvida Metódica), Hobes e Espinosa (retomada do conceito de Imanência)
e) Iuminismo - Estudos do pensamento de Kant e Rousseau ( O Contrato Social);
f) Era Contemporânea - com destaque para os gigantes do pensamento como Nietzsche, Hedegger, Hegel, Conte, Sartre e Marx.

É uma estimulante jornada. Vamos prosseguir em nossa viagem.

Frederico Drummond, professor de filosofia

sábado, 21 de maio de 2011

Sensibilidade, pesquisa e união: marcas da Feira Cultural Emilio 2011, em Sete Lagoas, MG



No vídeo, reprodução de gravação de performance de teatro de rua, realizada com muita competência pelos nossos alunos, na abertura da Mostra Cultural 2011, da EE Emilio de Vasconcelos Costa. O crédito desta gravação é também dos alunos.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Meio Ambiente, Empreendedorismo, Globalização: estes são alguns temas que os alunos da EE Emilio de Vasconcelos Costa, em Sete Lagoas, MG mostram em Feira Cultura

Preservação ambiental, foi o tema escolhido pelos alunos da Turma M1C - também conhecida como Educação de Jovens e Adultos, para a Feira de Cultura, que está sendo realizada neste sábado, dia 21 de maio, na Escola Estadual Emilio de Vasconcelos Costa em Sete Lagoas.
Realizando pesquisas na internet e, mediante apoio da EMATER Sete Lagoas, os alunos construiram uma maquete no município de Sete Lagoas, através da qual procuram ampliar a consciência ambiental  da nossa comunidade.
Mas existem muitos outros temas. Vale a pena visitar a Feira, que ficará aberta ao público até as 14 horas.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dia 21 de Maio - Nossa Feira Cultural.

ESTE É UM CONVITE PARA TODA NOSSA COMUNIDADE ESCOLAR:

NO PRÓXIMO SÁBADO

NOSSOS ALUNOS IRÃO APRESENTAR SEUS TRABALHOS

EM NOSSA FEIRA CULTURAL.

APOIAR ESTE EVENTO É ESTIMULAR NOSSO AMOR À SABEDORIA.



Frederico Drummond
Professor de Filosofia

domingo, 15 de maio de 2011

O Argumento Filosófico, Juizo de Valor e Axiologia.

BUSCANDO FAMILIARIZAR COM A LINGUAGEM DA FILOSOFIA:

1 - O tema central do nosso currículo, no segundo bimestre do ano, é a Ética. No campo estudamos da Teoria do Valor, conhecida também como Axiologia. As perguntas que fazemos são: O que é ser justo? O que é justiça? O é o bem? O que é a injustiça? De onde vem estes conceitos ou idéis? Não existem respostas simples para todas estas questões.

2 - Alguns filósofos dizem que estes Valores são inspirados por Deus, através da Revelação (Palavra) ou inspirando a consciência dos seres humanos e tendo como um grande representante o filósofo da Idade Média, Tomaz de Aquino.
Outros, como Platão, dizem que existe um Mundo das Idéias, de onde vem todas as idéias perfeitas. Na filosofia contemporânea o grande pensador Jung desenvolveu os conceitos de arquétipos e do inconsciente coletivo, com profundo paralelo às ideías platônicas.
Existe ainda uma grande corrente que diz que os Valores nascem na história e na cultura dos humanos, sendo conhecida como Humanismo. Sartre (existencialismo) e Marx ( materialismo dialético) são importantes representantes desta corrente.
Outros filósofo da era moderna, como Rosseau e seu conceito do Contrato Social, também foi um grande humanista.
No período contemporâneo surgiu um corrente conhecida como Ecologia, tendo como fundamento a preservação da biodiversidade.
O professor Pierre Weil defende uma ética fundada na ecologia, segundo três níveis: a ecologia pessoal (busca do equilíbrio interior); ecologia social (busca na qualidade dos relacionamentos) e ecologia ambiental (busca da biodiversidade)
No Brasil um importante pensador da ecologia é o teólogo Leonardo Boff.  Ao longo de nossa jornada, como estudantes de filosofia, examinaremos cada uma destas correntes.

3 - Propus aos alunos examinassem a seguinte proposição:

"É verdade que Deus pode influir nas Leis da Natureza", indagando: esta afirmação é um Juizo de Fato ou um Juizo de Valor?

4 - Nas próximas duas semanas faremos este debate tendo em conta os métodos de construção do Argumento Filosófico.

Boa semana para todos
15 de Maio de 2011
Frederico Drummond

terça-feira, 10 de maio de 2011

Atlético derrota Cruzeiro por 2 a 1: Juizo de Fato ou Juizo de Valor?

1 - Conforme nosso Plano de Aula, para turmas do ensino médio, apresentamos, dentro do Eixo II (Ética e Filosofia Política) do programa geral, o desenvolvimento dos conceitos de Juizo de Valor e Juizo de Fato.

2 - Para motivar a introdução do tema apresentamos a seguinte questão:
- No último jogo entre o Atlético e o Cruzeiro (times que possuem torcidas rivais em Minas Gerais), o Atlético venceu o Cruzeiro por um placar de 2 a 1.

Após lançarmos a afirmativa perguntamos à classe: este enunciado é um Juizo de Fato ou um Juizo de Valor. Registramos as seguintes observações:

- "O Atlético ganhou porque o jogo foi roubado"
- "O juiz é ladrão"

Registrei estes dois comentários na lousa e voltei a perguntar:
- É fato que o Atlético ganhou o jogo por um placar de 2 a 1?

Naturalmente os alunos concordaram que era um fato e que o enunciado era um Juizo de Fato. Na sequência me posicionei afirmando que o enunciado "O Juiz é ladrão" era um Juizo de Valor, porque tratava-se uma uma OPINIÃO de torcedores do Cruzeiro.

Com esta pequena dinâmica lembrei que deveria ser próprio da profissão do Juiz de Futebol  emitir sempre Juizos de Fato, quando realizava sua arbriragem, mas que muitas vezes o próprio Juiz atuava com Juizo de Valor. Um exemplo está na interpretação de uma FALTA  em campo. O Juiz pode julgar que um ato foi faltoso, mas o ato em sí pode ter sido apenas acidental. Ou o Juiz pode cometer uma arbitrariedade sinalizando um falta que não existiu, motivado por um Juizo de Valor (preconceito, suborno, insegurança, etc).

3 - Na sequência passamos um texto da professora Marilena Chaui - Juizo de Fato e Juízo de Valor, para que os alunos fizessem uma resenha em casa.  O texto está postado logo abaixo.

4 - Avaliamos como muito positiva a participação dos alunos.

5 - Reproduzimos a seguir o texto para leitura e resenha:


Juízo de fato e de valor
Se dissermos: “Está chovendo”, estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: “A chuva é boa para as plantas” ou “A chuva é bela”, estaremos interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos um juízo de valor.
Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências, os juízos de fato estão presentes. Diferentemente deles, os juízos de valor - avaliações sobre coisas, pessoas e situações - são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião.
Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis.
Os juízos éticos de valor são também normativos, isto é, enunciam normas que determinam o dever ser de nossos sentimentos, nossos atos, nossos comportamentos. São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções e ações segundo o critério do correto e do incorreto.
Os juízos éticos de valor nos dizem o que são o bem, o mal, a felicidade. Os juízos éticos normativos nos dizem que sentimentos, intenções, atos e comportamentos devemos ter ou fazer para alcançarmos o bem e a felicidade. Enunciam também que atos, sentimentos, intenções e comportamentos são condenáveis ou incorretos do ponto de vista moral.
Como se pode observar, senso moral e consciência moral são inseparáveis da vida cultural, uma vez que esta define para seus membros os valores positivos e negativos que devem respeitar ou detestar.
Qual a origem da diferença entre os dois tipos de juízos? A diferença entre a Natureza e a Cultura. A primeira, como vimos, é constituída por estruturas e processos necessários, que existem em si e por si mesmos, independentemente de nós: a chuva é um fenômeno meteorológico cujas causas e cujos efeitos necessários podemos constatar e explicar.
Por sua vez, a Cultura nasce da maneira como os seres humanos interpretam a si mesmos e suas relações com a Natureza, acrescentando-lhe sentidos novos, intervindo nela, alterando-a através do trabalho e da técnica, dando-lhe valores. Dizer que a chuva é boa para as plantas pressupõe a relação cultural dos humanos com a Natureza, através da agricultura. Considerar a chuva bela pressupõe uma relação valorativa dos humanos com a Natureza, percebida como objeto de contemplação.
Freqüentemente, não notamos a origem cultural dos valores éticos, do senso moral e da consciência moral, porque somos educados (cultivados) para eles e neles, como se fossem naturais ou fáticos, existentes em si e por si mesmos. Para garantir a manutenção dos padrões morais através do tempo e sua continuidade de geração a geração, as sociedades tendem a naturalizá-los. A naturalização da existência moral esconde, portanto, o mais importante da ética: o fato de ela ser criação histórico-cultural.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

PONTOS PARA REFLEXÃO:Leis da Natureza e Ações Contingentes – Juízo de Fato e Juízo de Valor.

PONTOS PARA REFLEXÃO:

Leis da Natureza e Ações Contingentes  – Juízo de Fato e Juízo de Valor.

1 – Podemos dizer que a chuva foi “INJUSTA” ao cair em grande volume sobre a cidade do Rio de Janeiro?

2 – Podemos esperar que o Oceano seja “BOM” para os pescadores oferecendo-lhes uma grande quantidade de peixe?

3 – Podemos julgar que o RAIO que caiu sobre um senhor idoso, no interior de Minas, cometeu um ato maldoso?

Tópicos para auxiliar nossas reflexões:

  • As leis necessárias ou da natureza não dependem da vontade humana.
  • Estas leis não estão sujeitas ao nosso Juízo de Valor.
  • Elas não estão subordinadas aos princípios da Ética ou princípios Valorativos.
  • Não podemos julgá-las como certas ou erradas; justas ou injustas.
  • As Leis da Natureza não estão no domínio ético da vontade humana.
  • Sobre as Leis da Natureza só podemos emitir Juízo de Fato.

Questões para resposta individual

(Comente as duas questões abaixo em um folha de caderno)

1 – Se as Leis da Natureza não estão subordinadas aos princípios da Ética, porque muitas pessoas oram ou rezam pedindo, por exemplo, para que uma enchente não destrua sua casa?

2 – Porque as pessoas fazem promessas para que as chuvas venham no tempo certo para irrigar uma plantação?


Questões para debate e resposta em grupo

Orientação: faça um debate com seu grupo e responda por escrito à questão abaixo:


Se eu afirmo - “É verdade que Deus pode influir nas Leis da Natureza.” Esta afirmação é um Juízo de Fato ou um Juízo de Valor? Porque o grupo pensa assim?





Maio de 2011

Frederico Drummond, professor de filosofia

domingo, 8 de maio de 2011

Planos de Aula - Segunda Semana de Maio - 2011

Orientações Gerais:

1 - Nossos Planos de Aula constituem nosso principal roteiro para a organização de nossas atividades no período em questão. Desta forma além de relembrar os temas de cada eixo principal do nosso currículo, fazemos recomendações de leituras para os alunos que querem se aprofundar em cada tema abordado.

2 - Para a nossas turmas do Turno da Manhã (Segunda Série A e B) iremos prosseguir nos temas do Eixo II - Ética e Filosofia Política, detalhando os seguintes temas
      a) Ser e Dever Ser - Qual a diferença entre dizer que algo é assim e que algo deve ser assim?
      b) Juizos de Fato e Juizos de Valor - Quando eu digo: "Está chovendo" - estou apenas registrando um Fato, estou emitindo um juizo sobre um fato da natureza. Mas se eu digo - "A chuva é boa e bela" - estou emitindo um juizo de valor (bom e belo) para um fato (a chuva). Aproveitem para ler o texto abaixo:
Senso Moral e Consciência Moral: nossa oitava aula - 12 de abril. da professora Marilena Chaui.

3 - Quanto as turmas do Turno Noturno (séries regulares e EJA) iremos prosseguir refletindo sobre o Eixo I - O Ser Humano, com os temas:
     a) Natureza e Cultura
     b) Corpo e Psiquismo.

Nossa preocupação neste campo é investigar a diferença que existe entre as leis da Natureza e os fatos Culturais e Históricos. Investigamos também o que difere a Mente do Cérebro. E lançamos a pergunta-reflexão: Existe uma alma que sobrevive a morte física do cérebro? Esta alma é a sede da mente ou a mente está sediada no cérebro? Vamos rever os princípios ou doutrinas do Monismo e do Dualismo.

Boa semana para todos
Frederico Drummond, professor de filosofia

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para ampliar nossa compreensão sobre o Mito ou Alegoria da Caverna

Texto da professora Marilena Chaui
O mito da caverna
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe, alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.
O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro.
Período sistemático

Lições de Platão: A Alegoria da Caverna

A Alegoria da Caverna é o texto mais conhecido de Platão, que levanta muitas questões sobre a realidade, conhecimento, etc.
Na história, dois homens prisioneiros estão acorrentados numa caverna, virados de costas para a abertura, por onde entra a luz solar. Eles sempre viveram ali, nesta posição. Conheciam os animais e as plantas somente pelas suas sombras projetadas nas paredes. Um dia, um dos homens consegue se soltar, e vai para fora da caverna. Fica encantado com a realidade, percebendo que foi iludido completamente pelos seus sentidos dentro da caverna. Agora ele estava diante das coisas em si, e não suas sombras. Diante do conhecimento. Retornou para a caverna, e contou para o companheiro o que havia visto. Este não acreditou, e preferiu continuar na caverna, vendo e acreditando que o mundo é feito de sombras.
Para Platão, as coisas que nos chegam através dos sentidos (tato, visão, audição, etc), são apenas as sombras das idéias. Quem estiver preso ao conhecimento das coisas sensíveis apenas não poderá alcançar o mundo das idéias, ficando como o prisioneiro.

Autoria: Por Lucas Martins
Fonte: http://www.infoescola.com/filosofia/alegoria-da-caverna/

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reapresentação dos nossos eixos de Aula - Tema 1 - O Ser Humano

EIXO TEMÁTICO: SER HUMANO

TÓPICOS:
1.1. Natureza e cultura
- Distinguir entre as noções de
natureza e de cultura.
- Compreender a noção de
cultura como essencial à
definição do ser humano
- Compreender que, no ser
humano, as características
biológicas da natureza e os dados
culturais estão profundamente
associados.

1.2. Corpo e psiquismo
- Analisar diferentes concepções
filosóficas sobre a constituição
do ser humano.
- Discutir as relações entre
racionalidade e desejo
- Compreender a questão da
consciência como um aspecto
fundamental do ser humano.
- Discutir a relação entre mente
e cérebro

 
- O que distingue o ser humano dos outros animais?
- O que faz do ser humano um animal como os outros?
- Existe uma natureza humana?
- O que pode significar a palavra “cultura”?
- É possível distinguir no ser humano o natural do cultural?
- O ser humano: frágil ou forte diante da natureza 
O ser humano é dual?
O que comanda o ser humano: sua razão ou seus desejos?
O psiquismo é separado do corpo?
O conhecimento é uma modalidade de desejo?
Somos senhores de nossos desejos e sentimentos?
O que significa ser consciente?
É mais fácil conhecer a si do que as coisas ou os outros?
A consciência nos engana?
É possível conhecer-se a si mesmo sem enganar-se?
O que significa dizer que pensamos com nosso cérebro?

Textos filosóficos:

Como a Alegoria a Caverna, de Platão, pode nos auxiliar nestas reflexões. Sair da Caverna é um caminho para a descoberta do Real? Nossos sentidos nos enganam?

PROBLEMAS POSTADOS:

segunda-feira, 2 de maio de 2011

2 de Maio: Introdução ao Estudo da Ética e da Moral.

O texto  a seguir foi reproduzido da enciclopédia virtual - Wikipédia. Apesar de não ser uma fonte acadêmica de pesquisa, apresenta um bom resumo geral da noção de Ética e Moral. Vamos entendê-lo apenas como como uma das fontes de nossas pesquisas. Boa Reflexão: 

Ética (do grego ethos, que significa modo de ser, caráter, comportamento) é o ramo da filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano. [1][2].
Na filosofia clássica, a ética não se resume ao estudo da moral (entendida como "costume", do latim mos, mores), mas a todo o campo do conhecimento que não é abrangido na física, metafísica, estética, na lógica e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, educação física, dialética e até mesmo política, em suma, campos direta ou indiretamente ligados a maneiras de viver.
Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que se seguiu à revolução industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo da filosofia, particularmente da ética, foram estabelecidos como disciplinas científicas independentes. Assim, é comum que atualmente a ética seja definida como "a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais nas sociedades humanas" [3] e busca explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento humano, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Neste sentido, ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal.
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.